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Acesso em 22/12/2024 às 05h05.

Entidades trabalham em prol da reconstrução do Haiti

18 de março de 2011, às 14h48 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

Seminário discute ainda a elaboração de um plano de segurança nacional inédito para enfrentar desastres naturais

O CREA-PR (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná) promove nos dias 29 e 30 de março, em Foz do Iguaçu, o I Seminário Internacional Pró-Renascimento Solidário do Haiti, em parceria com o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia-CONFEA, e em conjunto com entidades e profissionais das áreas tecnológicas e representantes do Haiti que coordenam os trabalhos de construção do País.

O Seminário integra as ações previstas no projeto desenvolvido pelo GT Haiti do CONFEA, aprovado pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), entidade vinculada ao Ministério de Relações Exteriores (MRE) e que coordena os trabalhos de reconstrução daquele País. “O objetivo do Grupo é discutir tecnologias e auxiliar os haitianos na fundação de um novo Colégio de Engenheiros ou um Conselho de Fiscalização das Profissões de Engenharia, Arquitetura e Agronomia”, explica o presidente do CREA-PR, engenheiro agrônomo Álvaro Cabrini Jr. “Outro tema a ser debatido é a necessidade de um programa para a prevenção de catástrofes no Brasil, tendo em vista a inexistência no país de um programa de segurança para desastres naturais”, alerta.

Segundo Cabrini, tragédias como as ocorridas no litoral paranaense em virtude do excesso de chuvas trazem à tona a discussão sobre a falta de infraestrutura das cidades brasileiras para evitar catástrofes naturais. “Transtornos econômicos e sociais mostram a falta de preparo e inexistência de um posicionamento preventivo em detrimento de outro puramente reativo”, fala.

Para ele, estas situações poderiam ser evitadas se o Brasil contasse com um melhor planejamento e planos diretores que atendessem os interesses da ciência e da cidadania. “Precisamos de melhores sistemas de monitoramento, trabalhar com contenção de escoltas, dragagem de rios, usar indicadores que permitam anunciar desastres e evadir a população com certa antecedência”, frisa. “É o momento da sociedade olhar mais e valorizar a importância de contar com quadros técnicos qualificados e especializados em suas prefeituras, estados, união, nos órgãos de planejamento e de controle da engenharia. Estes profissionais especializados muito têm a contribuir na estruturação de um planejamento eficaz e eficiente que minimize os danos causados por estes tipos de calamidade”, finaliza.

De acordo com o conselheiro federal e engenheiro agrônomo Kleber Souza dos Santos, do CONFEA, o preparo do País faz toda a diferença no momento de reagir a calamidades. “No Haiti, morreram cerca de 200 mil pessoas em um terremoto de 7 pontos na escala Richter. No Japão, o terremoto de 8.9 pontos vitimou cerca de 10 mil cidadãos. Isso se deve basicamente ao planejamento e antecedência”, diz.

Durante o evento, o CONFEA relatará sua experiência como agente de fiscalização profissional no Brasil. O objetivo é contribuir com sua experiência para a criação de uma entidade semelhante, destinada à regulamentação das profissões da área tecnológica no Haiti. Participarão do encontro representantes da ONG Caritas, do Engenheiros sem fronteiras, da Upade-União Panamericana de Engenheiros, da Federação de Engenheiros de Pesca, da Federação das Associações de Engenheiros Agrônomos do Paraná, do IEP-PR e Senge-PR.

A abertura do evento será no Carimã Hotel & Convention – Rodovia das Cataratas – Km 10, às 9h do dia 29. A programação estende-se até o dia 30, às 19h.


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