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Acesso em 26/12/2024 às 15h19.

Ética e novos rumos para Sistema debatidos no 37º EPEC

28 de novembro de 2011, às 18h24 - Tempo de leitura aproximado: 4 minutos

A programação da tarde de segunda-feira do 37º Encontro Paranaense de Entidades de Classe do Estado e do III EECEP-Encontro Estadual de Comissões de Ética Profissionais foi destinada à discussão do tema “Emancipação profissional-um conceito ético em construção”.

O debate começou com a explanação do arquiteto Jaime Pusch, que falou aos presentes sobre a emancipação do profissional como forma da conquista da excelência em seu trabalho pela conduta ética, bem como o papel das corporações.

Em seguida, o arquiteto Valdir Garbin, da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano de Foz do Iguaçu, representando o prefeito, eng. civil Paulo Mac Donald Ghisi, proferiu a palestra “Reconhecimento da autoridade técnica resolutiva do profissional pela autoridade gestora pública”.

Benvenutti citou como exemplo a implantação em Foz do Iguaçu de 70% do projeto de renovação das calçadas urbanas atendendo aos preceitos de acessibilidade. Além disso, falou sobre as modernizações no posicionamento da prefeitura municipal com relação à aprovação de projetos arquitetônicos, que levava de 30 a 90 dias.

Graças ao convênio firmado entre o Conselho e a prefeitura, as atribuições passaram a ser dos profissionais, e, com o auxílio do decreto 20280, de abril de 2011, o processo passou por ampla revitalização. “Antes, eram oito profissionais envolvidos, hoje são apenas dois, o que reduziu o tempo de aprovação do alvará para construção para 10 a 15 dias”. Segundo ele, o momento é de avanço na construção civil como um todo, e cabe à prefeitura achar formas de desafogar seus processos para dar vazão ao desenvolvimento. “Em 2008, emitimos 1025 alvarás, somente em 2011 o número saltou para 1715, e ainda estamos a um mês do término do ano”, disse. “Conseguimos implantar um sistema para acabar com a burocracia”.

Os ex-presidentes do CREA-PR, eng. civil Orlando Strobel, e o eng. agrônomo Luiz Antonio Rossafa, falaram em seguida. “A ética tem que ser controlada pelas entidades de classe. O CREA-PR é uma instância oficial, um tribunal acima, mas na realidade, para se conseguir mais resultados, é preciso a participação ativa da entidade regional”, comentou Strobel. “Nesse encontro, vocês profissionais é que estão com toda a responsabilidade, uma vez que o profissional, em sua cidade, tem receio, por exemplo, de cometer alguma irregularidade e que isso vá a conhecimento de seus familiares e vizinhos. Com o CREA, que é um órgão distante, ele não se preocupa, então é preciso essa postura da entidade local próxima para garantir essa efetividade”.

Rossafa ministrou a palestra intitulada “O Sistema como parceiro do profissional na inserção social e política e na preservação da individualidade do agente criador-transformador”, onde fez ampla abordagem sobre a mudança comportamental pela qual os jovens passaram e suas influências aos diversos setores da sociedade.

Segundo ele, a partir da década de 80, as escolas começaram a receber crianças que trouxeram demandas até então desconhecidas e inexistentes na pauta do processo de ensino e aprendizagem. “Algo inovador e desafiador começou a surgir nas escolas em início de alfabetização, começaram a perceber que as crianças não eram mais as mesmas”, disse. “ A partir daquele momento, não bastava estabelecer ordem, era preciso dialogar, não bastava apenas o porquê, era preciso dar fundamentação, e hoje isso está ainda muito mais complexo, vivenciamos um senso comportamental e ético muito diferente do que estávamos acostumados a analisar e a viver e é preciso que nos moldemos a isso, uma vez que estes jovens foram e são indutores de transformação em todos nós, adultos”.

Para Rossafa, a inserção do profissional sob o ponto de vista do Sistema é desafiadora, uma vez que parte ainda se sente atendida pelo modelo atual, enquanto outra parte pela sua renovação. “Uma parcela já começa a ser influenciada por esse novo toque, por essa nova condição das necessidades de vida em sociedade. Se não tomarmos cuidado, daqui a alguns anos o profissional vai expulsar o Sistema de suas vidas. O Sistema não pode permanecer arraigado a um processo que deu certo brilhantemente, mas que pelas modificações dos três últimos anos, não tem mais estrutura sequer legal para dar conta desse novo tempo”, frisou. “Nesta nova forma de fazer, neste novo cenário econômico, o papel das entidades, dos sindicatos e do Sistema como um todo tem que ser repensado, para exercer em plenitude a sua cidadania, mas sem abrir mão da questão corporativa, dos interesses empresarial e profissional”, recomendou.

O debate da tarde foi encerrado pelo eng. agrônomo Luiz Antonio Caldani, que abordou o papel das comissões de ética dentro do Sistema.


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