Marca do Crea-PR para impressão
Disponível em <https://www.crea-pr.org.br/ws/2011/11/planejamento-energetico-de-longo-prazo/>.
Acesso em 13/01/2025 às 22h47.

Planejamento Energético de Longo Prazo

17 de novembro de 2011, às 19h28 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

**Augusto Poliquezi

No Brasil o Planejamento Energético é realizado pela Empresa de Pesquisa Energética – EPE, que é vinculada ao Ministério de Minas e Energia – MME, e foi criada por meio de Lei especifica, tendo dentre suas atribuições: a elaboração e revisão anual dos Planos Decenais de Expansão do Setor Energético (PDE’s), e a elaboração e revisão bi-anual dos Planos Nacionais de Energia de Longo Prazo (PNE’s).

Uma das ferramentas de suma importância nesse processo é o balanço energético, que considera o total de energia consumido no país ou região, e apresenta a demanda por setor da economia, tendo como base os dados de cada energético em “tep” (Toneladas Equivalentes de Petróleo). Já a oferta é calculada com base nas fontes energéticas disponíveis no mix da região considerada, e em seus históricos de disponibilidade, além de considerações sobre tendências de evolução de eficiência energética e aspectos sócios econômicos ligados ao consumo de energia.

Estas premissas de evolução nas formas de consumo e produção de energia são denominadas de cenários alternativos, e são baseadas na noção de otimização das cadeias produtivas num aspecto global, além de considerarem as evoluções associadas à melhoria do PIB e seus derivados, bem como a tendência de inserção das fontes renováveis na matriz energética.

Neste aspecto destaca-se o indicador denominado intensidade energética, dado em kWh/U$, que representa a eficiência energética da economia de um país, um estado, ou mesmo um setor econômico, através da avaliação do seu custo energético por capital produzido. Ele relaciona a quantidade de energia utilizada com o valor agregado pelo setor, medido em unidades monetárias.

A avaliação apurada deste indicador representa então um eixo importante da competitividade para todos os setores da economia. Isso se dá pelas transformações qualitativas na trajetória produtiva do país, através da incorporação de progresso técnico e de alterações na estrutura produtiva, ao que se pode chamar de enobrecimento da produção.

Temos então através da eficiência energética, possibilidades para resolver dois problemas ao mesmo tempo, que seriam o aumento da oferta de energia sem utilizar para isso fontes poluentes, estimulando assim as energias renováveis e as soluções de eficiência, e ainda aumentar a competitividade do setor produtivo em direção a segmentos e práticas de maior valor agregado, de menores impactos ambientais e menores coeficientes de intensidade energética.

**Augusto Poliquezi é Engenheiro Eletricista pela UTFPR, atualmente cursando Mestrado na UFPR em Sistemas de Energia, com tema de pesquisa na área de Planejamento Energético de Longo Prazo, sob a orientação do Professor Dr. Clodomiro Unsihuay Vila. Participa também do Núcleo de Pesquisa em Energia: Políticas Públicas, Finanças & Tecnologia, coordenado pela UTFPR e COPEL.


Comentários

Nenhum comentário.

Deixe um comentário

Comentários com palavras de baixo calão ou que difamem a imagem do Conselho não serão aceitos.

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *