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Acesso em 21/12/2024 às 11h50.

Inicia em Foz do Iguaçu o 39º EPEC, acompanhado por mais de 600 profissionais

3 de novembro de 2013, às 23h43 - Tempo de leitura aproximado: 7 minutos

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Começou na noite deste domingo, em Foz do Iguaçu, o 39º Encontro Paranaense de Entidades de Classe (EPEC), realizado até terça-feira pelo CREA-PR e acompanhado por mais de 600 profissionais das áreas tecnológicas de todo o Estado.

Sob o tema “A Excelência na Gestão das Organizações Profissionais”, o evento conta com a organização simultânea do 23º Fórum Estadual de Inspetores do CREA-PR e do 9º Encontro Estadual do CREAjr-PR, com encerramento na noite de terça-feira, com o 6º Prêmio CREA de Qualidade (PCQ).

A mesa da solenidade de abertura foi composta pelo presidente do CREA-PR, engenheiro civil Joel Krüger, presidente do CONFEA, engenheiro civil José Tadeu da Silva, deputado estadual Elton Welter (PT), conselheiro federal engenheiro civil Francisco Ladaga (representando todos conselheiros federais), presidente da Federação de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), engenheiro agrônomo Carlos Bittencourt (representando as entidades nacionais), conselheira estadual  engenheira civil Leoni Dal Prá (representando todos conselheiros estaduais) e a coordenadora do Colégio de Entidades Regional (CDER), engenheira civil Suzely Soares.

O presidente Krüger iniciou sua fala abordando a questão da importação de mão de obra. “Estamos preocupados, porque temos uma legislação e ela permite o trabalho estrangeiro, mas necessitamos de um regramento. Não somos contra, desde que isso aconteça com critério e reciprocidade, pois é inaceitável que o Brasil resolva os problemas de desemprego de outros países”, disse, avisando que o CREA-PR já se posicionou sobre o tema e solicitando um posicionamento efetivo também do CONFEA com relação a este assunto.

Em seguida, Krüger fez um balanço de seus dois anos de gestão, marcado por um trabalho de valorização das profissões e dos 75 mil profissionais que integram as entidades de classe paranaenses. Entre as ações, citou a criação do Departamento de Relações Institucionais (DRI), que dialoga com todas as entidades de classe (ECs) e instituições de ensino (IEs) do Paraná; o aprimoramento e implantação de serviços restritos às ECs e IEs, a formatação do Prêmio Profissionais do Ano, o lançamento da revista técnica científica, a criação do CDER, a alteração no valor do repasse das ARTs (de 10% pra 12% em 2013, de 16% em 2014), a implantação em 2014 do Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Profissional, as mais de 100 audiências do programa Agenda Parlamentar junto aos gestores públicos (abordando temas como o salário mínimo profissional), a elaboração de 115 Estudos Básicos de Desenvolvimento Municipal (EBDMs), a criação do Departamento de Fiscalização (DEFIS) e a consequente mudança de paradigma na ação fiscalizatória do Conselho, entre outros.

O discurso foi encerrado com o pedido de Krüger ao presidente do CONFEA de uma definição de regramento sobre a Resolução 1.032, que diz respeito à prestação de contas por parte das entidades de classe. “O CREA-PR também tomou uma posição contrária à Resolução 1.010 e divulgamos uma proposta do Paraná elaborada em conjunto com as nossas entidades de classe. Pedimos ao presidente Tadeu e aos conselheiros federais que analisem o documento com muita atenção, porque se a Resolução 1.010 for publicada da forma como está, representará problemas pela sua falta da sua operacionalidade”.

A presença no evento das principais lideranças das entidades de classe do Paraná foi destacada pelo presidente do CONFEA, que incentivou a reflexão com foco no fortalecimento do sistema profissional. “Este fórum propicia um momento de pensar no estado da arte de nossas profissões. A coletividade de lideranças tem que caminhar na direção da valorização profissional e de impedir que nossas profissões sejam desregulamentadas”, resumiu.

O presidente da Fisenge fez um repúdio à declaração do ministro da Secretaria da Aviação Civil da Presidência da República, Wellington Moreira Franco, que culpou a Engenharia nacional pelo atraso nas obras dos aeroportos para a Copa do Mundo 2014. “Ainda que hoje seja uma noite de festa, não posso de deixar de me manifestar. O atraso nas obras é resultante da burocracia e de outros fatores, mas a qualidade da Engenharia brasileira não se discute”, concluiu, informando que a Federação redigirá um ofício com seu posicionamento, a ser divulgada ainda esta semana.

O conselheiro federal Ladaga reiterou a colocação do presidente da Fisenge e falou que a presença das entidades paranaenses em peso no 39˚ EPEC mostra o contraditório apontado pelo ministro. “A união de todos os ex-presidentes do CREA-PR nesta noite e dos mais de 600 profissionais aqui presentes mostra que o Paraná escreve uma história de união e luta em prol dos profissionais das Engenharias, Agronomia e Geociências”.

A coordenadora do CDER lembrou da importância de adquirir conhecimento no evento e levar estas informações às suas entidades de classe. “O que vemos aqui é valorização profissional e isso representa a força da nossa Engenharia”.

Por fim, o deputado Welter reconheceu a importância do conhecimento dos profissionais afetos ao CREA-PR na colaboração com a gestão pública, citando ocomo exemplo o programa Agenda Parlamentar. “A presença do CREA-PR na Assembleia, em seu posicionamento sobre o pedágio e em diversas questões emblemáticas demonstra o potencial do conhecimento técnico no embasamento e na tomada de decisões por parte dos gestores públicos”.

Reconhecimento profissional

Como forma de reconhecimento aos serviços prestados às profissões das Engenharias, Agronomias e Geociências, o CREA-PR prestou uma homenagem aos presidentes em gestões anteriores e entregou uma placa ao arquiteto Armando Strambi (gestão 1973-1978), engenheiro civil Rubens Curi (1979-1984), ao engenheiro civil Orlando Strobel (1991-1996), ao engenheiro civil Ivo Gilberto Martins (1997-1999) e ao engenheiro agrônomo Álvaro José Cabrini Junior (2006-2011), na ocasião também representando o secretário de Desenvolvimento Urbano do Paraná, Ratinho Junior.

O presidente Krüger falou sobre a tradição do Conselho paranaense de manter uma parceria com os presidentes anteriores no sentido de atuar em conjunto e garantir a segurança e continuidade do trabalho. “Os ex-presidentes aqui presentes colaboram de forma muito importante seja no apoio direto à gestão, seja na discussão do planejamento estratégico, colaborando com a estabilidade do funcionamento do Conselho”, comentou.

Em seguida, os presentes conheceram os profissionais eleitos pelas oito regionais do Conselho, homenageados com o Prêmio Profissionais do Ano. Dividida nas categorias “Profissional do Ano”, “Carreira Profissional” e “Educador do Ano”, a premiação enaltece e reconhece os valores morais e éticos que contribuem com a melhoria contínua dos serviços ofertados à sociedade.

A regional Londrina elegeu os seguintes profissionais: engenheiro civil Edson Jackson Yêra Oliveira (Profissional do Ano), engenheiro agrônomo Dionisio Luiz Pisa Gazziero (Carreira Profissional) e engenheiro eletricista Marco Antonio Ferreira Finocchio (Educador do Ano).

A regional Apucarana elegeu o engenheiro civil Josenél Pacheco Toth (Profissional do Ano), engenheiro eletricista Fauzi Geraix Filho (Carreira Profissional) e engenheiro civil Marlon Eduardo Rodrigues (Educador do Ano).

Cascavel elegeu o engenheiro civil Renato Pena Camargo (Profissional do Ano), engenheiro civil José Luiz Parzianello (Carreira Profissional) e engenheira civil Ligia Eleodora Francovig Rachid (Educador do Ano).

A Regional Maringá escolheu os nomes do engenheiro civil Osni Pereira (Profissional do Ano), engenheiro agrônomo Mauro Zanini Rosetto (Carreira Profissional) e engenheiro civil Miguel Fujinami (Educador do Ano).

A Regional Curitiba elegeu o engenheiro agrônomo Luiz Antonio Correa Lucchesi (Profissional do Ano), engenheiro civil Carlos Jose Jorge Massuci (Carreira Profissional) e engenheiro agrônomo Adelino Pelissari (Educador do Ano).

Guarapuava elegeu a engenheira agrônomaRozenilda Romaniw (Profissional do Ano), o engenheiro agrônomo Celso Roloff (Carreira Profissional) e engenheiro civil Marcio Martinho Mayer (Educador do Ano).

Ponta Grossa elegeu o engenheiro eletricistaMarcus Vinicius Nadal Borsato (Profissional do Ano), engenheiro civil Luis Edgar Balderrama Moron (Carreira Profissional) e engenheiro civil Alceu Gomes De Andrade Filho (Educador do Ano).

Pato Branco elegeu o engenheiro civil Alcir Eccel (Profissional do Ano), engenheiro civil Loreni Fenalti Da Costa (Carreira Profissional) e engenheiro agrônomo Amarildo Antonio Tessaro (Educador do Ano).

A cerimônia foi prestigiada pelos presidentes do CREA-RS, engenheiro civil Luiz Alcides Capoani, do CREA-RJ, engenheiro agrônomo Agostinho Guerreio, do CREA-SP, engenheiro civil Francisco Kurimori, e pelo engenheiro agrônomo José Carlos Paiva Filho, coordenador do CDER-SC, representando o presidente do Conselho catarinense, engenheiro civil e de segurança do trabalho Carlos Alberto Kita Xavier. Também pelos conselheiros federais engenheiro civil Luz Sato, engenheiro agrônomo Dirson Artut Feitag (vice-presidente do CONFEA) e engenheira eletricista Darlene Leitão, e pelo presidente da Associação Brasileira dos Engenheiros Agrícolas (ABEAG), engenheiro agrícola Valmor Pietsch.

Por Daniela Licht


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