Representatividade paranaense no segundo dia da 76ª Soea
17 de setembro de 2019, às 12h08 - Tempo de leitura aproximado: 4 minutos
O segundo dia da 76ª Soea – Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), evento que acontece em Palmas, Tocantins, até dia 19/09, foi aberto com a palestra da senadora Kátia Abreu (PDT-TO), que falou sobre o Matopiba, território de desenvolvimento agrícola criado em 2015, delimitado pela Embrapa, e formado por 337 municípios dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – daí o nome. “O Matopiba tem desenvolvimento sustentável e transforma terra degradada em produtiva”, afirmou a senadora, que pontuou como desafios a falta de infraestrutura necessária para dinamizar a produção e seu escoamento, e o alto custo da energia elétrica. Para Kátia, “Matopiba é uma realidade e os produtores nativos, os pequenos e os médios podem ser inseridos na prosperidade do agronegócio”. (saiba mais)
Na sequência, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC – José Carlos Rodrigues Martins falou sobre as perspectivas da construção para 2019/20, e foi extremamente aplaudido ao comentar que os contratos de serviços que envolvem as Engenharias devem ser negociados pelo setor de Engenharia, é não de suprimentos ou financeiro. “Não é um controlador que deve dizer qual é a solução de engenharia que deve ser utilizada”, afirmou Martins. (saiba mais)
Na parte da tarde, entre as diversas palestras, o Paraná marcou presença por meio da coordenadora da Câmara Especializada de Engenharia Civil e membro da Comissão de Acessibilidade do Crea-PR, Eng. Civ. Célia Pereira da Rosa, que falou sobre “Calçadas: Um caminho a ser percorrido”. (saiba mais)
No CONTECC – Congresso Técnico Científico do Engenheiro e do Agrônomo – os Eng. Agr. Edson Silveira e Gilmar Ritter, apresentaram o painel “Sistema Profissional Confea-Crea na visão dos Engenheiros Agrônomos no Sudoeste do Paraná.
Para a coordenadora do Colégio de Instituições de Ensino – CIE – do Crea-PR, Eng. Civ. Adriana Regina Tozzi, o mais bacana de acompanhar a evolução da Soea é ver como os temas de sustentabilidade e acessibilidade veem ganhando mais espaço dentro das palestras e painéis. “Eu gosto de ver que os temas apresentados em determinado ano, continuam sendo pauta nos anos seguintes e de maneira cada vez mais aprofundada. A participação feminina no evento também cresceu bastante e esta representatividade é muito positiva. Gosto muito do evento pois aprendo tanto nas palestras, quanto em conversas com colegas de outros Estados”, destacou a coordenadora do CIE.
A Eng. Civ. e inspetora Chefe da Regional Pato Branco do Crea-PR, Karlize Posanske, ressaltou a diversidade dos temas apresentados neste ano. “Em comparação a anos anteriores, os temas estão abrangendo diversas frentes das Engenharias, Agronomia e Geociências. O Confea e o Crea-PR estão de parabéns”.
Painel Educação
No início da tarde o Eng. Civ. Marcos Tozzi, um dos representantes do Crea-PR na SOEA, apresentou um painel sobre educação. Com o tema “Não está na hora de termos um exame de ordem para os cursos de Engenharia?”, sua palestra teve um grande impacto para o público presente. “O Brasil tem convivido com um aumento significativo do número de cursos de Engenharia e, consequentemente, do número de vagas autorizadas. Segundo o MEC, os cursos presenciais de Engenharia atingiram 6.013 cursos, com um total de 819.507 vagas. Embora milhares dessas vagas não sejam preenchidas, questiona-se se todos os concluintes de todos os cursos têm, efetivamente, uma formação de qualidade exigida para uma profissão tão importante e tão necessária para o país”, enfatiza Tozzi abrindo sua palestra.
Posteriormente, o Engenheiro fez uma comparação com a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, que desde 2010 possui seu exame próprio, questionando se já não está na hora do Conselho Federal instituir esse teste. “Com esses números expressivos de cursos de engenharia e de vagas autorizadas, surge a questão: o CONFEA deve ou não considerar uma avaliação própria dos profissionais antes de serem integrados ao Conselho, nos moldes adotados pela OAB, aplicados aos concluintes do curso de Direito?”, comenta.
Finalizando sua palestra, Tozzi comenta sobre alguns números do Exame da OAB e enfatiza que o Conselho que representa as Engenharias, Agronomia e Geociências deveria fazer o mesmo. “Como a avaliação dos concluintes pelo Inep/MEC apresenta resultado semelhante em termos dos melhores cursos (conceitos 4 e 5) de Engenharia Civil e de Direito, seria razoável supor que apenas 19,3% dos concluintes do curso de Engenharia Civil seriam aprovados em um possível Exame de Ordem do sistema CONFEA/CREA? Em minha opinião seria necessário, pelo menos, a realização de um exame que propiciasse uma profunda análise dos seus resultados e a realização do consequente relatório detalhado que pudesse identificar, sob o ponto de vista dos Conselhos Federal e Regional, a realidade da qualidade da formação dos concluintes dos cursos de Engenharia”, pontua Tozzi.
O tema do exame para as Engenharias será um dos temas debatidos no Congresso Nacional de Profissionais – CNP, evento que começa na sequencia da SOEA.
Mútua
Ainda durante a tarde, a Mútua apresentou o projeto que visa estender os benefícios da previdência complementar do TecnoPrev a todos os profissionais do Sistema Confea/Crea, iniciativa que foi amplamente apoiada pelos participantes do evento.
Saiba mais sobre o Programa da Mútua: http://www.mutua.com.br/conheca-o-plano-tecnoprev/
Acompanhe a cobertura do segundo dia da 76ª Soea.
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