II Semana de Ética Profissional inicia com debate em Curitiba
18 de novembro de 2019, às 18h41 - Tempo de leitura aproximado: 4 minutos
Nesta segunda, 18, iniciou em Curitiba a II Semana de Ética Profissional do Crea-PR, organizada pela Comissão de Ética Profissional do Conselho, com apoio do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), que sediou o evento, da Mútua Paraná e do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). O objetivo do evento é discutir, entre outros assuntos, os diversos aspectos do Código de Ética para os profissionais das Engenharias, Agronomia e Geociências, além de esclarecimentos a respeito da aplicação da legislação.
O presidente do CREA-PR, Engenheiro Civil Ricardo Rocha de Oliveira, lembrou que em 2001 o Código de Ética do Sistema Profissional foi discutido no Congresso Nacional de Profissionais, culminando na nova edição, lançada em 2002, “iniciando o século XXI com um novo Código de Ética que é um compromisso vindo de um conjunto das Entidades de Classe nacionais”, disse. Em 2018 o Código foi novamente revisado, sendo publicada sua 10ª edição. Para o presidente, o Crea-PR “busca a ética todos os dias, seja nas fiscalizações que realiza, ou nos serviços que oferece. Discutir este assunto por meio da nossa Comissão de Ética e deste evento, além de outras atividades no tema, faz parte da nossa missão de valorizar as profissões e seu exercício ético. Além disso, um dos objetivos do planejamento estratégico é combater o exercício ilegal e não ético da profissão, então mais do que coibir ações antiéticas, queremos trabalhar em prol de uma cultura profissional de excelência onde a ética esteja intrínseca”, enfatiza. Rocha comentou também sobre a importância do conhecimento da ética para os jovens profissionais, para que iniciem sua carreira com o devido cuidado.
Representando o Engenheiro Civil Joel Krüger, presidente do Confea, o chefe de Gabinete do Confea e presidente de gestão anterior do Crea-PR, Engenheiro Agrônomo Luiz Antonio Rossafa esteve presente e proferiu a palestra inicial, e comentou: “a ética profissional é um tema ao mesmo tempo relevante e desafiador”.
Para o presidente do IEP, Engenheiro Civil Horácio Hilgenberg Guimarães, “a ética profissional é um rito de normas que forma a consciência do profissional e representa o imperativo de sua vida, considerada um dos critérios mais valorizados no mercado de trabalho. É composta pelos padrões e valores que orientam a conduta, agregando credibilidade, confiança e respeito ao trabalho”.
O coordenador da Comissão de Ética Profissional do Crea-PR, conselheiro Engenheiro Eletricista André da Silva Gomes, afirmou que “com calma e paciência vamos vencendo um a um os obstáculos que a ética tem para se estabelecer no nosso país e no nosso Sistema Profissional, e desta forma vamos construindo um profissional melhor, de excelência”. Para ele, “a ética tem que estar dentro de cada um e quando externada ela faz parte da coletividade, é como um pacto do nosso Sistema, pois quando recebemos o nosso registro já somos signatários destas normas”.
Também marcou presença a coordenadora Nacional das Comissões de Ética do Sistema Confea/Crea, conselheira do Crea-MG, Engenheira Civil Flávia Roxin Bretas. Ela agradeceu a oportunidade, “pois sempre aprendemos participando destes debates, já que a ética é sempre um aprendizado”. Para a coordenadora é importante “divulgar a conduta ética junto aos estudantes, que são o futuro da Engenharia, pois somente neste ano já são mais de 400 processos éticos nos estados do Paraná e Minas Gerais, sendo a maioria de profissionais recém-formados, então é preciso um trabalho para que não haja tantas infrações cometidas por esses jovens profissionais”.
O coordenador do Colégio de Entidades de Classe Nacional, Engenheiro Agrícola Valmor Pietsch, explica que “a ética é utilizada para responder três questões: quero, devo e posso. Essas questões devem ser respondidas antes do profissional tomar uma decisão ou atitude”. Para ele, “os profissionais devem estar atentos em buscar, aceitar e oferecer críticas, e suportar e apoiar uns aos outros no Código de Ética”.
O siretor Geral da Mútua-PR, Engenheiro Civil Júlio Cesar Russi, comentou sobre a importância em tratar desse assunto, ética profissional.
O Engenheiro Rossafa, Chefe de Gabinete do Confea, proferiu a palestra magna com o tema “Ética Profissional no Sistema Confea/Crea”. Ao final com a mediação do debate realizada pelo conselheiro Engenheiro Agrônomo Edson Perez Guerra, os participantes comentaram e questionaram sobre praticas antiéticas, como isso afeta a vida em sociedade, os riscos para a vida das pessoas, e a preocupação do ensino da ética na formação dos Engenheiros. Além disso, foi debatido o tema empregabilidade x ética profissional. Para Rossafa, “a ética serve permanentemente para a construção de um mundo melhor para todos, e é preciso uma estrutura para essa discussão, não se pode fugir do debate ético”, finaliza.
Encerrando a programação da manhã, o diretor da Mútua, Engenheiro Civil Júlio Cesar Russi, fez uma apresentação sobre as ações e benefícios da entidade para os profissionais.
Durante a tarde, aconteceu o painel com o tema “Ética: ontem, hoje e sempre!”, com o gerente de Compliance da Companhia paranaense de Energia – Copel, Felipe Borba da Silva, o advogado e Engenheiro Deivison Pedroza, da empresa Grupo Verde Ghaia, e a coordenadora Nacional das Comissões de Ética do Sistema Confea/Crea, Engenheira Civil Flávia Roxin Bretas. O mediador do debate foi o conselheiro do Crea-PR, Engenheiro Mecânico Elmar Pessoa Silva.
Acesse aqui o conteúdo das palestras.
Veja aqui o álbum de fotos do evento.
II Semana de Ética continua em Curitiba dia 22
Na sexta-feira, dia 22 de novembro, pela manhã, também no IEP, em Curitiba, haverá uma palestra e um painel com o tema Compliance (confira abaixo). O evento é aberto a todos os interessados, clique aqui para fazer sua inscrição.
Prezados.,vejo que a questão ética vai muito além, que é a responsabilidade para com as pessoas principalmente no caso da engenharia civil mas esse é o pensamento de um profissional mais maduro como eu.
Por outro lado, como fazer um jovem pensar só em ética vivendo num país onde a engenharia chegou numa situação de estagnação a ponto de alguns clientes fazerem leilão e as vezes até chacota na hora de contratar um engenheiro, e jovens saindo da faculdade por vezes com dívidas imensas com o Fies e sentindo-se desassistido,, pelo menos é o sentimento da maioria em vários CREA’s Brasil afora conforme relatam nos grupos de mensagens aliados a faculdades soltando engenheiros todo semestre no mercado sem critério algum.
Como profissional, gostaria de tomar conhecimento de ações que os CREA’s estivesse implementando no sentido de minimizar o problema do profissional ao invés de ver só o lado da punição, isso traria uma outra visão dos profissionais para com a instituição.
Em grupos de mensagens, vejo varias ideias que poderiam ser consideradas, mas quando postadas não são sequer levadas em consideração por não terem feedback do CREA’s regionais é o que relatam vários profissionais e desculpem é o meu sentimento aqui em São Paulo também.
Como profissional fico muito preocupado com absurdos que vem acontecendo com as atuações muitas vezes onde o profissional não tem muito pra onde correr.
Aliados a empresas que aproveitam da situação e prefeituras que não fiscalizam…(Memoria recente é o caso de Fortaleza)…onde ficou claro a inexperiência do profissional para aquela situação……. Alguns pontos a se destacar naquela situação : Houve um filtro do Crea para verificar a capacidade técnica do profissional para emissão da ART para aquele tipo de trabalho ? O profissional perante seu empregador e quase que “obrigado” a emitir a ART senão ele fica sem emprego / O cliente por outro lado já se sabe que escolheu a empresa que passou o menor valor sem se preocupar com as referências e capacidade técnica da empresa para aquele tipo de serviço, situação normal no dia a dia.
A poucos dias aqui em São Paulo caiu uma marquise e matou um adolescente e feriu outro, e segundo relatos do porteiro havia acabado de ser reformada e outra informação foi que havia sido feita uma vistoria e atestaram a instabilidade da marquise,….Qualquer que seja a situação deve ter tido um engenheiro envolvido……….
Infelizmente engenharia não respeita vidas…..
É justo jogar a responsabilidade só no engenheiro? capacitação custa dinheiro e o cliente só quer saber se o camarada é engenheiro e cobra mais barato e na situação que está o mercado infelizmente sempre vai aparecer um camarada numa situação precária disposto a prestar o serviço quase de graça.
Desculpem me alongar no comentário foi só uma reflexão do que está
acontecendo aqui do outro lado.
Bom dia, Eduardo. Tudo bem?
Cada Crea possui sua maneira de administrar as propostas de mudanças que chegam a ele. O sr, junto de seu grupo, chegaram a participar das Reuniões Preparatórias de Inspetoria e Regional aí de São Paulo? Aqui no Paraná nós utilizamos deste momento para ouvir os anseios de nossos profissionais para que possamos propor algumas mudanças para o nosso Sistema Confea/Crea. De uma olhada em nossa revista institucional: https://issuu.com/crea-pr/docs/af_revista_creapr_98_v4__1___1_. Aqui você confere como funcionaram as nossas Reuniões e quais propostas foram aceitas pelo Confea.