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Acesso em 10/08/2024 às 12h28.

Um banho no Coronavírus

Engenheiro Agrônomo, conselheiro do Crea-PR, coordena ações de sanitização em Pato Branco

12 de abril de 2020, às 12h00 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

Sanitização em Pato Branco - Foto: Laiane Carniel/Assessoria CMPB.

Entre as estratégias de combate à Covid-19, os municípios têm adotado a sanitização de espaços públicos de maior circulação de pessoas. Em Pato Branco, no sudoeste do Estado, o trabalho é coordenado pelo Engenheiro Agrônomo Clodomir Luiz Ascari, conselheiro do Crea-PR e secretário municipal de Agricultura.

A rotina de sanitização envolve todos os espaços previstos no decreto municipal, com atenção especial para supermercados, postos de vacinação, farmácias, unidades de saúde, ônibus circulares e metropolitanos, pontos de ônibus, postos de combustíveis, praças, entre outros.

Eng. Clodomir Ascari

Clodomir relata que o produto utilizado é do grupo químico quaternário de amônia, altamente tóxico contra microorganismos (fungos, bactérias e vírus) e bastante utilizado por diversos ramos das indústrias farmacêutica e alimentícia, como desinfetante. A definição por este tipo de composto deu-se após uma série de consultas a publicações científicas e também a profissionais de várias especialidades e áreas, como Engenheiros Químicos e Engenheiros Agrônomos.

“Neste sentido, a formação em Agronomia também ajudou bastante na compreensão e gestão dos trabalhos, pelo entendimento de química, biologia, microbiologia. Os contatos de profissionais do Crea-PR e da Federação dos Agrônomos também contribuíram para ações assertivas”, observa Clodomir.

Em Pato Branco, a sanitização começou no dia 26 de março e está sendo realizada em áreas internas de órgãos públicos, como a Prefeitura e os postos de saúde, e nos espaços externos da cidade. “Nos ambientes internos, utilizamos equipamentos de ultra baixa vazão (UBV) e de nebulização, específicos para esse tipo de aplicação. Nos ônibus, por exemplo, as aplicações acontecem nos períodos em que os veículos estão nas garagens”, detalha o secretário.

No início de março passado, a EPA (Agência de Proteção Ambiental, dos Estados Unidos) divulgou uma lista de produtos antimicrobianos para uso contra a Covid-19, em um programa emergente de patógenos virais desenvolvido para esse tipo de cenário. Os compostos quaternários de amônia estão incluídos na listagem.

Sanitização também em ambientes particulares

Na região sudoeste, outras Administrações Municipais também aderiram à sanitização. Nos Campos Gerais, diversos municípios já realizaram o serviço em pontos com maior circulação de moradores, e empresas particulares têm adotado a mesma prática.

A Engenheira de Bioprocessos, da Zero Resíduos, Caroline Moreira Borsato, explica que o serviço começou a ser ofertado assim que surgiram os primeiros casos da Covid-19, no Brasil. Em parceria com uma empresa química da cidade foram desenvolvidos produtos específicos para a desinfecção.

Segundo ela, os pedidos de orçamento, tanto de empresários quanto de donas de casas, crescem diariamente. “Para aplicação em estabelecimentos comerciais os produtos são mais concentrados, com características diferentes daqueles usados pelas donas de casa. Por isso são necessários os equipamentos de segurança adequados para a manipulação e um profissional responsável pelo serviço”, reforça.

De acordo com a engenheira, o tempo ativo de fixação do produto nas superfícies é de aproximadamente 72 horas, dependendo das condições climáticas. “Desde que a ambiente não seja lavado, o produto atua por até três dias, mas depende ainda da umidade do local, da temperatura, do fluxo de pessoas que circulam no ambiente e do tráfego de veículos”, explica.

Um estudo publicado no periódico medRxiv, no início do mês, revela que o vírus pode ser detectado no ar por até três horas, até quatro horas em cobre, até 24 horas em papelão e de dois a três dias em plástico e aço inoxidável.

Quanto à toxicidade, Caroline afirma que, a partir do momento da aplicação, o produto não oferece riscos. “No momento da aplicação é preciso cuidado com a pele e com a inalação de quem aplica”, alerta.

A orientação do gerente do Crea-PR Ponta Grossa, Engenheiro Agrônomo, Vânder Della Coletta Moreno, é que as pessoas fiquem atentas se a empresa que oferece este tipo de serviço tem um profissional responsável e se está credenciado no Crea-PR.

 

Antonio Menegatti

Assessor de Imprensa do Crea-PR / Regional Pato Branco


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