Engenheiro Mecânico produz ganchos individuais que reduzem contato de profissionais com portas e superfícies de laboratório
Dispositivos feitos em impressora 3D estão sendo utilizados no Lepac da UEM. As maçanetas das portas também foram adaptadas para abrirem com o cotovelo14 de maio de 2020, às 15h27 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
Considerado setor essencial, o Laboratório de Ensino e Pesquisa e Análises Clínicas (Lepac) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) está funcionando de forma segura para profissionais e alunos envolvidos com os exames da Covid-19. É que uma parceria entre os departamentos de Engenharia Mecânica (DEM) e de Engenharia de Produção (DEP) resultou na produção de ganchos e dispositivos individuais que permitem que portas sejam abertas ou fechadas sem o contato direto das mãos, reduzindo o contato com as superfícies e as chances de contaminação. O mesmo ocorre com o acionamento de botões de equipamentos e eletrodomésticos do laboratório, como de microondas, geladeiras e até das tomadas das luzes dos ambientes.
Tudo foi feito em impressora 3D, pelo Engenheiro Mecânico Dário Machado Júnior – mestrando da UEM -, que trabalhou em conjunto com outros profissionais da instituição. Ele conta que a ideia surgiu a partir do contato do professor Wagner André dos Santos Conceição, chefe de departamento de Engenharia Mecânica, e da professora Gislaine Camila Lapasini Leal, chefe de departamento de Engenharia de Produção, com o professor Dennis Armando Bertolini, do Lepac. Segundo Machado Júnior, os ganchos e dispositivos são fáceis de manipular e evitam a propagação do Coronavírus.
“Produzimos para o laboratório adaptações em quatro portas com maçanetas do tipo circular, permitindo a abertura delas sem o contato direto com as mãos dos colaboradores. Isso foi possível devido à implantação de um mecanismo que permite a abertura apenas com o movimento do cotovelo. Também foram produzidos 20 ganchos individuais que, do mesmo jeito, permitem a abertura de janelas, gavetas, armários e portas sem o contato das mãos com as superfícies”, ressalta Machado Júnior.
Ele ainda complementa que no início não imaginava contribuir de forma efetiva no projeto, porém, a partir da demanda dos itens, surgiram várias ideias. “A lição que levarei da participação na iniciativa é que a sociedade é dinâmica e está em constantes mudanças, que geram demanda para profissionais das áreas de Engenharia e prestação de serviços, mesmo em meio a adversidades, como a pandemia”, diz.
O material utilizado na fabricação dos ganchos é o polímero ABS, que possui forte resistência mecânica, pode ser exposto ao sol e suporta temperaturas próximas a 100ºC. As peças não foram desenhadas na UEM, estavam disponíveis em uma plataforma de impressões 3D. A escolha do modelo e produção levou em consideração um estudo no laboratório a fim de entender as alternativas para evitar o contato manual com os objetos altamente infectantes. Quanto ao uso dos dispositivos, a estudante da UEM Nathalia Wisniewski Siqueira criou um manual explicativo e disponibilizou nos locais onde os itens estão sendo utilizados.
Carina Bernardino
Assessora de Imprensa do Crea-PR / Regional Maringá
Comentários
Nenhum comentário.