Startup curitibana cria robô que elimina vírus, bactérias e fungos dos ambientes
4 de agosto de 2020, às 14h29 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
A startup curitibana PiáTech, liderada pelo engenheiro mecânico Daniel Delfino, pelo engenheiro mecatrônico Everton Ramires e pelo publicitário Diego Stavitzki, acaba de lançar o robô Lili, um aparelho esterilizador que consegue inativar vírus, bactérias e fungos presentes em qualquer ambiente por meio de raios UVC em até 30 minutos, com uma eficácia próxima de 100%. O design da peça tem a assinatura do arquiteto Felipe Guerra.
O nome do robô homenageia Dona Lili, vó da esposa de Stavitzki, que faleceu em maio, aos 92 anos, na cidade do Rio de Janeiro em decorrência da Covid-19. Lili, libanesa que havia sobrevivido à Guerra Civil do Líbano (1975-1990), agora foi carinhosamente apelidada pelos empresários de “Lili Trooper, Virus destroyer”.
“Como Lili foi o ponto de partida do desenho, o design tem uma forma mais feminina, bem espacial e supersimpática”, descreve Guerra. “O protótipo é de metal com cobertura de aço inox, que pode receber tinta náutica depois; rodinhas, para facilitar a locomoção, e um feixe de luz de 360 graus, criando um grande globo de luz, que otimiza a aplicação.” O robô tem 2 metros de altura, 60 kg e passa sem problema pela portas convencionais, para atuar em escolas, escritórios, hotéis e hospitais.
O funcionamento é simples. Como esclarecem os autores do projeto, depois de definido o espaço a ser esterilizado, eles fazem cálculos específicos para saber quantas aplicações com a luz serão necessárias, a fim de limpar toda a área e cobrir até os pontos cegos (com sombras). “No futuro, a intenção é que o robô faça esses cálculos de maneira autônoma, com inteligência artificial”, destaca Stavitzki.
“Durante o período de testes em hospitais e clínicas de Curitiba, fizemos mais de 100 culturas de vírus e bactérias com amostras que eram retiradas dos lugares antes e depois da ação do robô. As coletas foram enviadas para laboratório, que comprovou que 99% dos micro-organismos haviam sido desativados”, conta Delfino.
Serviço de aluguel
O objetivo do robô Lili não é ser comercializado individualmente, mas ter um serviço de aluguel ou comodato. “Se exposta diretamente ao ser humano, a luz UVC pode até causar câncer na pele e machucar a retina dos olhos”, alerta Stavitzki.
“Por isso é necessário um aplicador especializado, que saiba operar o aparelho, sem a presença das pessoas no recinto.” O preço inicial é de R$ 500 por aplicação. Em casos de contratos semanais ou mensais, o investimento por aplicação é reduzido.
Doação do serviço para hospitais
Desde terça-feira (14), os empresários da PiáTech iniciaram uma vaquinha virtual para arrecadar R$ 65 mil para produzir mais seis robôs e fornecer gratuitamente o serviço de desinfecção para seis hospitais de Curitiba e Região Metropolitana.
Fonte: Gazeta do Povo
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