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Acesso em 10/08/2024 às 14h21.

Casos de dengue no Paraná acendem o alerta: proteja seu canteiro de obras

O acúmulo de água nas obras pode causar a proliferação do mosquito Aedes aegypti

14 de janeiro de 2021, às 17h35 - Tempo de leitura aproximado: 4 minutos

A Secretaria da Saúde do Paraná divulgou no dia 12 de janeiro o primeiro boletim de 2021 com os dados do monitoramento da dengue no Estado: são 1.724 casos confirmados no período epidemiológico, que teve início em agosto do ano passado. O boletim registra um novo óbito por dengue; em Foz do Iguaçu. No total são seis no período, nos municípios de: Foz do Iguaçu (2), Apucarana (1), Assai (1), Cambé (1) e Londrina (1).

186 municípios apresentam casos confirmados de dengue no Estado; 16 apresentam casos de dengue com sinais de alarme e 7 têm casos de dengue grave.

Acúmulo de água nas construções

O aumento do volume de chuvas desta época do ano pode causar acúmulo de água em construções e terrenos baldios. A responsabilidade pela drenagem e cuidados com a área é do empreendedor ou proprietário da área e da obra.

Dados do Ministério da Saúde de 2015 apontam que 20% dos focos de dengue do Brasil estão nos canteiros de obras. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, conforme o último Informe Técnico publicado em fevereiro de 2020, um índice de 25,2% dos locais infestados são do chamado Grupo B – Depósitos Móveis, que inclui materiais em depósito de construção, além de vasos/frascos com água, prats, pingadeiras, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e objetos religiosos/rituais. Não há dados mais atualizados sobre o assunto, mas estes dados mostram que o acúmulo de água parada nestes locais pode ser responsável por boa parte da proliferação do mosquito Aedes aegypti.

Como evitar o mosquito Aedes aegypti em canteiros de obras

As ações não são difíceis ou com alto custo, mas precisam de cuidado, atenção e que se tornem rotina. Práticas simples e a conscientização de todos os colaboradores da construção no canteiro de obras podem evitar problemas sérios de saúde nos funcionários da obra e na vizinhança. Além da dengue, o mosquito pode transmitir outras doenças, Zika e Chikungunya. Seguem algumas dicas:

1) Tenha um olhar muito atento para localizar água parada no canteiro de obras. Não pode ficar absolutamente nada, pois um pouquinho de água em um copo descartável já é suficiente para criar um foco do mosquito. Depois de um dia de chuva é necessário realizar uma inspeção criteriosa em toda a obra. Uma sugestão é indicar um funcionário da obra como responsável para que se encarregue de implantar uma rotina de fiscalização.

2) Tampe ralos, vasos sanitários, latas de lixo e qualquer tipo de recipiente. Deixe os baldes com a abertura para baixo ou faça furos, se a sua utilização permitir.

3) Tampe as caixas d’água e cisternas para que o mosquito não tenha acesso.

4) Os insumos como areia, cal, cimento e pedra precisam ser devidamente cobertos para evitar o aparecimento de poças d’água, mas muito cuidado com lonas e sacos plásticos, os ovos do mosquito podem se alojar na água acumulada nas dobras que se formam.

5) A água que se acumula nas sapatas, lajes e no poço dos elevadores também precisa ser drenada diariamente para evitar a proliferação das larvas do mosquito. No caso das calhas, é necessária a limpeza frequente para evitar o entupimento e acúmulo de água.

6) Faça a vistoria também em equipamentos. A betoneira, por exemplo, pode ser um alvo fácil para o mosquito por acumular água no espaço interno.

7) Verificar cuidadosamente o entulho e retirar o lixo diariamente. Mantenha o recipiente de lixo sempre fechado e estabeleça rotinas diárias para a limpeza dos mesmos.

8) Fique atento também a lotes vagos e outros locais de risco ao redor do canteiro de obras. Se necessário, comunicar os responsáveis pelas áreas vizinhas sobre o problema. Caso persista, faça uma denuncia para a Vigilância Sanitária.

9) Se for identificado um foco de dengue no canteiro de obras, utilize uma mistura de oito partes de cal e duas de cloro. Para cada metro quadrado de área infestada, a proporção ideal é de oito copos descartáveis (100 ml) de cal para dois de cloro.

10) No caso de dúvida ou se identificar um foco é importante avisar a Vigilância Sanitária do município imediatamente.

Como identificar o mosquito

O mosquito possui as seguintes características:

Tamanho: entre 0,5 e 1 cm

Cor: possui cor preta e riscos brancos nas patas, cabeça e corpo;

Asas: possui 2 pares de asas translúcidas;

Patas: possui 3 pares de patas.

Acesse aqui informações completas sobre o assunto e veja como agir se encontrar um foco do mosquito: http://www.dengue.pr.gov.br/.

Texto: Débora Pereira – Jornalista – Comunicação Crea-PR


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