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Acesso em 26/12/2024 às 22h26.

Hortas urbanas é tema de palestra no CBA com o secretário de Agricultura de Curitiba, Luiz Gusi

21 de outubro de 2021, às 22h00 - Tempo de leitura aproximado: 5 minutos

Na manhã desta quinta-feira (21), o 32º Congresso Brasileiro de Agronomia, em um de seus paineis, trouxe para debate o tema: Sistemas Sustentáveis de Produção Agropecuária. O painel contou com a participação do Engenheiro Agrônomo Luiz Damaso Gusi, paranaense, e atualmente secretário municipal de Agricultura e Abastecimento da cidade de Curitiba.

Nesta 32ª edição o Paraná será representado por mais de 50 profissionais ligados à área – sendo 10 presidentes de associações. O CBA é o maior encontro da agronomia brasileira e será palco de discussões sobre assuntos relevantes para a sociedade e para o agronegócio brasileiro.

Em Curitiba, Gusi foi um dos protagonistas na criação das hortas urbanas e que ajudou a ressignificar muitos espaços da capital paranaense. Durante a palestra, ele destacou que na cidade as hortas urbanas estão crescendo cada vez mais e que elas são “grandes salas de aula para uma mudança” que visa trazer a produção de alimentos para os centros urbanos.

“Em Curitiba, temos hortas de diversos tamanhos. É possível produzirmos alimentos nos centros urbanos. Uma atividade totalmente adaptável, em que o cidadão é protagonista destas ações. E isso pode acontecer na comunidade, na escola ou na empresa por exemplo. Um verdadeiro estímulo ao consumo de comida de verdade e saudável”, pontuou Gusi.

De acordo com Gusi, despertar a questão da agricultura é uma forma de trabalhar diversas outras formas de experimentações. “A comunidade começa a cuidar da horta. Depois começa a cuidar de todo o entorno. O Município começa a gastar menos, promove mais qualidade de vida e oportunidades. As comunidades estão se empoderado cada vez mais destes espaços”, acrescentou.

Atualmente, Curitiba conta com mais de 100 hortas comunitárias. Um incremento anual de 12 novos espaços. Até 2024, a expectativa é de que a capital paranaense tenha 3 fazendas urbanas, criando-se espaços de difusão de conhecimentos, de educação através de planejamento pedagógicos e do ponto de vista sustentável com o reaproveitamento de muitos materiais.

De acordo com Gusi, as Hortas Urbanas estão mudando a cultura alimentar, social e ambiental das pessoas. “Há hoje uma mobilização de pessoas com poder de ação que, juntas, buscam exercer o protagonismo neste espaços. Temos trabalhado todo o nosso planejamento ouvindo a demanda local e compreendendo que é possível termos segurança alimentar a partir das hortas urbanas”.

Hoje, aproximadamente 15% dos alimentos produzidos no mundo são cultivados em locais urbanos. E, segundo Gusi, os engenheiros agrônomos têm que se apoderar deste processo. “O profissional é um ponto-chave em tudo isso, trazendo também o agricultor para ser o grande capitalizador e gestor deste processo de maneira que o consumidor conheça essa agricultura familiar”.

Orientação

Em Curitiba, Gusi ressaltou que o Município dá apoio às hortas urbanas com orientações técnicas aos produtores, no preparo dos canteiros e também no fornecimento de mudas hortaliças. Ele pontuou ainda que muitos terrenos que hoje comportam as hortas, antes eram tomados pelo lixo ou espaços que eram utilizados para uso de drogas.

“Vamos levar muitas informações importantes”, avalia o presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Londrina sobre o CBA

Eng. Agr. Josmar dos Reis.

Durante o segundo dia de palestras no 32º Congresso Brasileiro de Agronomia (CBA) realizado em Florianópolis, o presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Londrina, Josmar dos Reis, destacou que o grande intuito da participação no evento é ter a oportunidade de levar os conhecimentos e informações adquiridas ao longo do Congresso com toda a região.

“Estar aqui é um grande privilégio e uma oportunidade profissional muito rica. Tivemos palestras bastante relevantes, em especial do ex-ministro Paolinelli, bem como outros debates que trouxeram novas percepções em relação a agronomia e atuação profissional. Certamente, levamos daqui uma bagagem em termos de conhecimento muito maior do que chegamos”, afirmou.

Segundo Josmar, o objetivo até o final do Congresso – que se encerra no dia 22 de outubro (sexta-feira), é aproveitar ao máximo as palestras e painéis e poder atualizar-se em relação aos desafios da profissão. “Vamos levar daqui muitas novidades, novas percepções e ideias. Além dos engenheiros agrônomos, queremos compartilhar isso também com os agricultores da nossa região”, pontuou.

Mudanças no clima e preservação do solo e recursos hídricos foram destaque no segundo dia de palestras do CBA

A preservação do solo e dos recursos hídricos, bem como as mudanças climáticas, foram temas que permearam as discussões durante o segundo dia de palestras do 32º Congresso Brasileiro de Agronomia, que acontece em Florianópolis e encerra-se nesta sexta-feira (22). Além deles, outras temáticas como a agrobiodiversidade, inovações para o futuro e o mercado de trabalho também foram debatidos.

Um dos principais destaques do dia foi o engenheiro agrônomo Ramon Flávio Gomes Rodrigues, que trouxe para os espectadores um pouco das experiências em mananciais e represas de água no Nordeste. Lauro Bassi foi outro destaque, compartilhando com o público sua experiência de 21 anos como extensionista da Epagri e que atualmente desenvolve um projeto de preservação de mananciais no Rio de Janeiro.

Durante sua fala, ele pontuou a preocupação e destacou o grande desafio de conciliar o conhecimento científico com a vida do pequeno produtor no campo. “Entre derrubar uma árvore ou a mata ciliar e a alimentação da sua família, o agricultor vai sempre optar pelo sustento dos seus. Precisamos mudar esse entendimento para que consigamos preservar a água e o solo para as futuras gerações”.

Mulher poderosa do Agro

O evento também foi marcado pela presença de Edilene Steinwandter, eleita pela Revista Forbes Brasil uma das “100 Mulheres Poderosas do Agro”. Ela é presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri/SC). Eliane palestrou no 32º CBA participando do painel ‘Instrumentos para Produção Sustentável: ATER, defesa agropecuária, pesquisa, cooperativismo e políticas públicas’.

Ela destacou ainda que “é uma honra estar nessa lista, mas nada disso seria possível sem o empenho dos meus colegas que, com dedicação, exercem seus papeis”, relembrando a indicação de uma das mulheres mais poderosas do agro feita pela Revista Forbes.

Último dia de evento

Nesta sexta-feira, 22, último dia de evento, os debates serão em torno de assistência técnica e políticas públicas e crédito e seguro rural. Na sequência, será apresentada e discutida a Carta de Florianópolis com as recomendações da plenária final e oficializada a realização da 33ª edição do Congresso Brasleiro de Agronomia em Pelotas (RS), em 2003.

Rodrigo Bortot
Informações: Apoio Comunicação


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