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Acesso em 22/12/2024 às 05h37.

Engenheiros participam da construção dos planos municipais de Mobilidade Urbana

Estudos desenvolvidos pelas prefeituras paranaenses ajudam a projetar o futuro do trânsito e a reduzir os acidentes com mortes, principal conscientização do mês Maio Amarelo

5 de maio de 2022, às 15h14 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

Estamos no mês Maio Amarelo e não temos como conscientizar a população sobre redução de mortes no trânsito sem falar sobre os planos municipais de Mobilidade Urbana (PMU), desenvolvidos por engenheiros. Alguns municípios estão em fase de finalização dos planos, como Maringá, Apucarana, Cascavel, Curitiba, Pato Branco e Guarapuava. Londrina e Ponta Grossa já concluíram, como previsto em lei federal.

O estudo exigido em todo o Brasil traz diagnósticos, análises e projeções sobre o sistema viário, transporte público, trânsito, rotas acessíveis, pedestres e malha cicloviária. Além de humanizar o trânsito e nortear o planejamento de longo prazo em mobilidade nas cidades brasileiras, os PMUs também devem frear o crescimento da frota paranaense, principalmente de motocicletas – principal veículo com registro de vítimas fatais em acidentes de trânsito.

Um levantamento realizado nas oito Regionais do Crea-PR, com dados do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran), mostra o quanto as frotas desses municípios sedes cresceram, mesmo diante da pandemia. No caso das motocicletas, o crescimento exagerado da frota também se dá por questões econômicas, causada pela alta no preço dos combustíveis.

Fonte de dados: Departamento de Trânsito do Paraná (Detran)

Especialistas da área, como o conselheiro do Crea-PR, Eng. Civ. Rafael Fontes Moretto, dizem que sem uma política urgente de investimentos, até 2030 teremos problemas sérios no trânsito e, consequentemente, as mortes em acidentes. Então, é preciso reestruturar o transporte público e desestimular o tráfego de veículos motorizados, colocando os pedestres e ciclistas como prioridades.

Moretto, que é especialista em Infraestrutura e Transportes, ressalta ainda que com o aumento de veículos nas ruas, ano após ano, o trânsito atingirá sua capacidade máxima em breve. Os investimentos sugeridos são a construção de centros de distribuição longe das grandes cidades; o foco em outras malhas, como ferrovias, metrovias, hidrovias e ciclovias;  o cumprimento das projeções de pavimentação e o melhoramento de vias existentes, com ampliação da capacidade e obras especiais (viadutos, pontes, túneis) para melhorar a fluidez.

Outros engenheiros que estudam o trânsito no Estado afirmam que as pessoas só irão deixar o veículo individual em casa se o transporte público for atrativo, rápido, eficiente e confiável – melhorias possíveis quando há políticas públicas eficazes. Eles também explicam que reduzir os carros nas ruas tornará o trânsito mais rápido, seguro e humano, além de menos poluente. Então, o Plano vem para discutir, ouvir as necessidades da população e fazer projeções que garantam mobilidade satisfatória para toda a população.

Há alguns anos, a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) tem divulgado que 90% dos acidentes graves são ocasionados por fator humano, sendo grande parte por imprudência. Mas temos que considerar outros fatores como importantes nas análises, como falta de manutenção da rodovia ou do veículo, por exemplo.

Texto: Carina Bernardino – Assessoria de Imprensa Crea-PR


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