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Acesso em 10/08/2024 às 14h19.

Láurea ao Mérito e Inovação marcam presença do Paraná na SOEA

9 de agosto de 2023, às 22h25 - Tempo de leitura aproximado: 4 minutos

Vanessa Ogura recebe a homenagem ao pai das mãos do presidente do Crea-PR.

O primeiro dia da 78ª edição da Soea iniciou com a cerimônia de Láurea ao Mérito, onde o Engenheiro Civil Shido Ogura foi homenageado in memoriam com inscrição no Livro do Mérito. Autor de diversas publicações sobre estruturas isostáticas, fez parte de entidades como a Academia Paranaense de Engenharia e o Instituto de Engenharia do Paraná, foi professor do Departamento de Construção Civil até 1995 e participou como integrante da equipe que criou a solução estrutural do Palácio Castelo Branco – antigo Instituto de Educação do Paraná – tendo seu trabalho reconhecido pelo autor da obra, o arquiteto Oscar Niemeyer. “Essa homenagem significa muitas coisas: o reconhecimento ao grande profissional que ele foi, o marco dele como engenheiro civil, a renovação do nosso orgulho pelo maravilhoso pai que ele foi, é e sempre será! Enfim, homenagem maravilhosa, para uma pessoa maravilhosa! Muito, muito, muito orgulho de ser filha do Engº Shido Ogura”, diz Vanessa Ogura.

No período da tarde, a gerente do Departamento de Planejamento Estratégico do Crea-PR, Juliane Marafon, acompanhada da agente de apoio ao planejamento, Carla D´Alexandre, palestraram no espaço Querência da Inovação sobre ‘Boas práticas em automação de processos’. “Para chegar neste estágio de inovação no qual o Crea-PR se encontra, o apoio da gestão em todos as melhorias de processo foi fundamental”, destaca Juliane.

Da dir. para esq. Juliane Marafon e Carla D´Alexandre

Carla D´Alexandre acrescenta: “A principal característica da inovação nesse processo de automação foi o desenvolvimento por meio de um time multidisciplinar, que escutou as dores do usuário.”

A automação nos processos almejada pelo Crea no trabalho que vem sendo desenvolvido permitirá ao usuário – em uma mesma plataforma – acessar e comparar banco de dados próprios e em demais sites, fazer encaminhamento para conferência e aprovação do gestor, inserir manualmente os dados no sistema para o desconto, gerar guia complementar para pagamento e elaborar e-mail para comunicação do cliente.

Fiscalização

A fiscalização do Crea-PR também foi tema do espaço Querência da Inovação, onde a gerente do Defis, Eng. Amb. Mariana Maranhão, apresentou como a fiscalização por satélite tem colaborado no trabalho da autarquia. “Por meio de imagens de satélite é possível acompanhar diversas áreas que necessitam de assistência técnica em culturas agrícolas, trazendo mais segurança ao produtor e a toda a sociedade que vai consumir os alimentos que vêm do campo”, destacou a gerente.

O projeto piloto foi implantado no começo do ano, no norte do estado do Paraná, com foco em áreas rurais na região de Londrina. A equipe do Crea-PR identificou, por meio de imagens gratuitas fornecidas pelo satélite Sentinel 2, que em 36 propriedades não havia responsáveis técnicos habilitados. Depois, dessas 36, trinta foram regularizadas, três já estavam registradas, mas em outro nome, e apenas as outros 3 precisaram de visita presencial. “O sistema utiliza um cruzamento de dados públicos de órgãos como a COPEL, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento e a ADAPAR, que é a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, além do CAR, o Cadastro Ambiental Rural. Com esses dados é feita uma pesquisa e monitoramento das áreas rurais, para que então uma estratégia possa ser montada com a finalidade de identificar a regularidade das culturas agrícolas, a existência de receituário agronômico e, principalmente, o responsável pela assistência técnica”, detalhou Mariana.

Mariana Maranhão

Segundo a engenheira, o uso dessa tecnologia facilitou muito a fiscalização porque o profissional habilitado pelo Crea Paraná atua em todas as etapas da produção dos alimentos, desde o estudo das condições de plantio até a colheita e armazenagem, e acompanhar todo esse processo em lugares distantes dificultava o trabalho e a abrangência do mesmo.

Também foi destaque entre as apresentações desta quarta-feira na SOEA, a fala do paranaense Eng. Amb. Thiago Edwiges, professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, sobre “Biogás, biometano e bio-hidrogênio como fontes de energia renováveis e geração de valor”, no painel Energia Renováveis e Não Renováveis.

Thiago Edwiges

A apresentação do engenheiro abordou: onde o resíduo é gerado, quais as fontes de resíduos que podem ser utilizadas para o aproveitamento energético, onde elas estão – se no setor agrícola, urbano ou agroindustrial – quais as características que esses resíduos apresentam (líquidos, sólidos), o processo bioquímico da fermentação e produção de hidrogênio, quais os tipos de reatores e como se desenvolvem as plantas de biogás, desde a etapa dos ensaios laboratoriais, da caracterização, do potencial da simulação do que vai acontecer em escala real dentro do laboratório (temperatura, aquecimento) até como esses resultados podem influenciar a tomada de decisão no aumento da produtividade dessas usinas de Biogás a longo prazo, em escala real. “Para simulamos tudo isso em laboratórios da Universidade, com pesquisa e tecnologia, precisamos do apoio de outras instituições”, destacou o professor.

A 78ª SOEA continua nesta quinta-feira. Acompanhe a programação aqui.

 

 


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