II Encontro Brasileiro sobre Política Educacional Superior na 79ª Soea: discussões sobre o futuro da Engenharia, Agronomia e Geociências
10 de outubro de 2024, às 16h09 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
Durante a 79ª Semana Oficial da Engenharia e Agronomia (Soea), o II Encontro Brasileiro sobre Política Educacional Superior para o Exercício Profissional da Engenharia, Agronomia e Geociências trouxe importantes debates sobre os rumos da educação para essas áreas no Brasil. O evento, que contou com a participação de grandes nomes da academia e da indústria, foi moderado pelo eng. agr. Luiz Antonio Corrêa Lucchesi, vice-presidente do Confea e representante do Paraná.
Na abertura, Lucchesi destacou a importância de repensar os currículos acadêmicos em sintonia com as demandas do mercado e as mudanças tecnológicas, e de encontros como este para o debate nacional.
Mineração e Soberania Nacional: estamos preparando adequadamente nossos profissionais?
A palestra de Rinaldo César Mancin, diretor de Relações Institucionais do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), esclareceu como as demandas setoriais da economia devem orientar as diretrizes curriculares da engenharia, agronomia e geociências. Para Mancin, a mineração deve ser percebida como indutora de políticas públicas de longo prazo, voltadas a promover o desenvolvimento socioeconômico e ambiental do Brasil, considerando que é um dos setores que mais gera tributos.
Ele citou os números da mineração no Brasil em 2023, em que a mineração teve um desempenho significativo. O setor gerou mais de 210 mil empregos diretos, com um crescimento de 9 mil vagas em relação ao ano anterior. Além disso, as previsões de investimentos para o período de 2024 a 2028 indicam um montante de US$ 64,5 bilhões, com foco em projetos de sustentabilidade e minerais fundamentais para a transição energética global.
Mancin destacou os desafios que o setor mineral brasileiro enfrenta em termos de soberania nacional, e para ele são três destaques essenciais: a mineração e a soberania nacional caminham juntas; a importância de uma força de trabalho qualificada para assegurar o futuro da mineração; e o Brasil precisa alinhar educação, inovação e práticas sustentáveis para se manter competitivo e soberano.
Qualidade da Educação Superior da Engenharia, da Agronomia e das Geociências: Que perfil desejamos para nossos profissionais?
A palestra conduzida pelo eng. civil Carlos Longo, vice-presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) e reitor da Universidade Católica de Brasília, abordou a questão da qualidade da educação superior e o perfil de profissional que o Brasil deseja formar, enfatizando a necessidade de uma base sólida e inovadora para engenheiros, agrônomos e geocientistas, a fim de que estejam preparados para os desafios futuros.
O Papel do Engenheiro no Ambiente de Defesa e no Agronegócio
O eng. quím. Erik Braga Ferrão Galante, chefe da Agência de Gestão e Inovação Tecnológica do Exército, trouxe um panorama sobre o “Engenheiro do Futuro no Ambiente de Defesa”. Ele destacou como a atuação de engenheiros em projetos de defesa pode impulsionar a inovação tecnológica, e como a formação precisa preparar esses profissionais para lidar com demandas específicas desse setor.
A Formação Profissional frente às demandas do agro brasileiro
O evento também abordou as demandas do agronegócio, com a apresentação do eng. agr. André Vicente de Sanches, diretor de Educação Formal e Infraestrutura do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Ele ressaltou a importância da formação dos engenheiros e agrônomos frente às crescentes demandas do agro brasileiro, apontando que o setor exige profissionais capacitados a lidar com inovação e tecnologia aplicada ao campo.
O engenheiro Lucchesi, que atuou como moderador do encontro, tem grande representatividade no cenário educacional e profissional, e enfatizou a relevância de manter o diálogo constante entre as instituições de ensino, o setor produtivo e os conselhos profissionais, como o Confea, para que as diretrizes educacionais reflitam as reais demandas do mercado e da sociedade.
O II Encontro Brasileiro sobre Política Educacional Superior para o Exercício Profissional da Engenharia, Agronomia e Geociências foi marcado por discussões profundas e relevantes, com foco na melhoria da qualidade da educação e na formação de profissionais preparados para os desafios futuros.
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