Inovação no ensino de engenharia em parques tecnológicos é destaque na 79ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia
8 de outubro de 2024, às 16h22 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
Durante a 79ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (SOEA), realizada em Salvador-BA, o Diretor Executivo da Agência de Inovação da UFPR, o Engenheiro Químico Carlos Itsuo Yamamoto, participou do painel “Tecnologia e Inovação no Ensino da Engenharia”. Yamamoto, com vasta formação acadêmica, abordou um tema que vem ganhando relevância no cenário educacional: a inovação no ensino da engenharia em parques tecnológicos. Parques tecnológicos são ecossistemas de inovação que integram empresas, universidades e centros de pesquisa, proporcionando um ambiente propício para o desenvolvimento de projetos inovadores, startups e soluções tecnológicas.
Yamamoto, que é graduado em Engenharia Química pela USP e também possui mestrado e doutorado na área, falou que, ao associar o ensino da engenharia a esses ambientes, surgem várias oportunidades para aprimorar o processo educacional, especialmente na formação de profissionais mais preparados para enfrentar os desafios da transformação digital.
Desafios no ensino de engenharia
Yamamoto iniciou sua fala destacando o contexto atual das universidades brasileiras. Ele apontou que os cursos de graduação, que devem ser generalistas e fornecer uma base sólida, enfrentam dificuldades como a redução da carga horária, a falta de laboratórios adequados e a baixa disponibilidade de recursos para a manutenção das estruturas. Além disso, mencionou a importância da consolidação de novas tecnologias no processo de ensino.
No entanto, Yamamoto ressaltou que o ambiente industrial também precisa se adaptar às mudanças de mercado: “A concorrência força a adoção de técnicas avançadas para sobreviver”, comentou, enfatizando que empresas dependem cada vez mais de inovação e tecnologia para se manterem competitivas.
O papel dos parques tecnológicos
Ao discutir a relevância dos parques tecnológicos, Yamamoto destacou a “alta densidade tecnológica” presente nesses espaços, o que exige uma força de trabalho altamente qualificada. Ele mencionou o “vale da morte”, onde muitas inovações não conseguem avançar para se tornarem produtos viáveis no mercado. Para superar esse desafio, a interação entre empresas, universidades e parques tecnológicos é essencial.
No Paraná, Yamamoto revelou que há mais de 200 processos de abertura de parques tecnológicos em andamento, mas alertou que esse movimento exige amadurecimento, financiamento adequado e, principalmente, mão de obra especializada.
A importância da colaboração
Yamamoto também reforçou a importância da cooperação entre governo, empresas, universidades e parques tecnológicos. Ele propôs, por exemplo, a criação de estágios para professores em parques tecnológicos, a fim de que possam adquirir experiência prática em projetos de desenvolvimento tecnológico, como o design de equipamentos. “Não podemos falar de tecnologia de última geração se não temos, por exemplo, uma fábrica de chips no país”, disse.
A interação entre esses atores é vista como fundamental para consolidar novos parques, estimular o empreendedorismo e atender à demanda por atividades complementares no ensino de engenharia. Yamamoto concluiu com uma mensagem de alerta: “Um país sem engenheiros não vai para frente. Por isso, esta interação é importantíssima.”
Outros debates relevantes
Além da fala de Yamamoto, o painel contou com outras discussões relevantes, como a aplicabilidade das tecnologias inovadoras no ensino de engenharia, conduzida pelo Engenheiro Civil José Rodrigues de Farias Filho, Diretor da Escola de Engenharia da UFF, e pelo Engenheiro Mecânico Ubiratan de Carvalho Oliveira, Pró-reitor acadêmico do Ibmec. Também foi discutida a adaptação da grade curricular das engenharias para a implementação do BIM (Building Information Modeling), apresentada pelo Engenheiro Civil Fabiano Cravo, especialista no assunto.
A 79ª SOEA, que começou no dia 7 de outubro, segue até o dia 10, com cobertura completa que pode ser acompanhada pelo site do Confea.
Todas as fotos da comitiva do Crea-PR estão disponíveis no link
Prezados. Saudamos a Engenharia paranaense. Contudo, o que nós candidatos aprovados no último concurso público do CREA_PR exigimos o chamamento à vagas, que são necessárias (visto que estão contratando Serviços de terceiros, vide Balanço Orçamentário 2023, com gasto de quase 21 milhões/ano). Vamos recorrer ao Ministério Público Federal. Sem mais, att
Olá, Paulo,
todas as vagas previstas já foram convocadas, conforme pode ser observado na página de divulgação do concurso. Mas caso tenha alguma dúvida ou questionamento específico relacionado ao tema, por gentileza encaminhe pelo nosso canal de protocolos, neste link: https://servicos.crea-pr.org.br/publico/fale-conosco