Marca do Crea-PR para impressão
Disponível em <https://www.crea-pr.org.br/ws/2024/10/inovacao-no-ensino-de-engenharia-em-parques-tecnologicos-e-destaque-na-79a-semana-oficial-da-engenharia-e-da-agronomia/>.
Acesso em 26/12/2024 às 09h46.

Inovação no ensino de engenharia em parques tecnológicos é destaque na 79ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia

8 de outubro de 2024, às 16h22 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

Durante a 79ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (SOEA), realizada em Salvador-BA, o Diretor Executivo da Agência de Inovação da UFPR, o Engenheiro Químico Carlos Itsuo Yamamoto, participou do painel “Tecnologia e Inovação no Ensino da Engenharia”. Yamamoto, com vasta formação acadêmica, abordou um tema que vem ganhando relevância no cenário educacional: a inovação no ensino da engenharia em parques tecnológicos. Parques tecnológicos são ecossistemas de inovação que integram empresas, universidades e centros de pesquisa, proporcionando um ambiente propício para o desenvolvimento de projetos inovadores, startups e soluções tecnológicas. 

Yamamoto,  que é graduado em Engenharia Química pela USP e também possui mestrado e doutorado na área, falou que, ao associar o ensino da engenharia a esses ambientes, surgem várias oportunidades para aprimorar o processo educacional, especialmente na formação de profissionais mais preparados para enfrentar os desafios da transformação digital.

Desafios no ensino de engenharia

Yamamoto iniciou sua fala destacando o contexto atual das universidades brasileiras. Ele apontou que os cursos de graduação, que devem ser generalistas e fornecer uma base sólida, enfrentam dificuldades como a redução da carga horária, a falta de laboratórios adequados e a baixa disponibilidade de recursos para a manutenção das estruturas. Além disso, mencionou a importância da consolidação de novas tecnologias no processo de ensino.

No entanto, Yamamoto ressaltou que o ambiente industrial também precisa se adaptar às mudanças de mercado: “A concorrência força a adoção de técnicas avançadas para sobreviver”, comentou, enfatizando que empresas dependem cada vez mais de inovação e tecnologia para se manterem competitivas.

O papel dos parques tecnológicos

Ao discutir a relevância dos parques tecnológicos, Yamamoto destacou a “alta densidade tecnológica” presente nesses espaços, o que exige uma força de trabalho altamente qualificada. Ele mencionou o “vale da morte”, onde muitas inovações não conseguem avançar para se tornarem produtos viáveis no mercado. Para superar esse desafio, a interação entre empresas, universidades e parques tecnológicos é essencial.

No Paraná, Yamamoto revelou que há mais de 200 processos de abertura de parques tecnológicos em andamento, mas alertou que esse movimento exige amadurecimento, financiamento adequado e, principalmente, mão de obra especializada.

A importância da colaboração

Yamamoto também reforçou a importância da cooperação entre governo, empresas, universidades e parques tecnológicos. Ele propôs, por exemplo, a criação de estágios para professores em parques tecnológicos, a fim de que possam adquirir experiência prática em projetos de desenvolvimento tecnológico, como o design de equipamentos. “Não podemos falar de tecnologia de última geração se não temos, por exemplo, uma fábrica de chips no país”, disse.

A interação entre esses atores é vista como fundamental para consolidar novos parques, estimular o empreendedorismo e atender à demanda por atividades complementares no ensino de engenharia. Yamamoto concluiu com uma mensagem de alerta: “Um país sem engenheiros não vai para frente. Por isso, esta interação é importantíssima.”

Outros debates relevantes

Além da fala de Yamamoto, o painel contou com outras discussões relevantes, como a aplicabilidade das tecnologias inovadoras no ensino de engenharia, conduzida pelo Engenheiro Civil José Rodrigues de Farias Filho, Diretor da Escola de Engenharia da UFF, e pelo Engenheiro Mecânico Ubiratan de Carvalho Oliveira, Pró-reitor acadêmico do Ibmec. Também foi discutida a adaptação da grade curricular das engenharias para a implementação do BIM (Building Information Modeling), apresentada pelo Engenheiro Civil Fabiano Cravo, especialista no assunto.

A 79ª SOEA, que começou no dia 7 de outubro, segue até o dia 10, com cobertura completa que pode ser acompanhada pelo site do Confea

Todas as fotos da comitiva do Crea-PR estão disponíveis no link


Comentários

  1. Paulo Silva says:

    Prezados. Saudamos a Engenharia paranaense. Contudo, o que nós candidatos aprovados no último concurso público do CREA_PR exigimos o chamamento à vagas, que são necessárias (visto que estão contratando Serviços de terceiros, vide Balanço Orçamentário 2023, com gasto de quase 21 milhões/ano). Vamos recorrer ao Ministério Público Federal. Sem mais, att

Deixe um comentário

Comentários com palavras de baixo calão ou que difamem a imagem do Conselho não serão aceitos.

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *