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Acesso em 10/08/2024 às 14h19.

Empresa londrinense de engenharia desenvolve tecnologia para controlar fluxos em hospitais

Iniciativa foi possível graças a um programa do Senai com apoio do Governo do Estado, Fundação Araucária e Assespro-PR

25 de janeiro de 2021, às 12h49 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

Uma empresa formada por uma engenheira e um engenheiro de Londrina desenvolveu uma tecnologia capaz de otimizar e organizar os fluxos de edificações, focada em hospitais e unidades de saúde. A tecnologia BIM (Building Information Modeling) é um sistema de modelagem da extrai informações quantitativas e traça parâmetros de forma virtual com o intuito de compatibilizar projetos.

A desenvolvedora da tecnologia é a Benazzi Engenharia, empresa que trabalhou em parceria com a Habituè Arquitetura e Instituto Senai de Tecnologia em Construção Civil – Ponta Grossa, por meio de um programa de incentivo chamado Saúde Tech PR. A sócia da empresa e Engenheira Ambiental Luciana Ferreira de Camargo Duarte explica como a ideia surgiu. “A gente já tinha experiência em trabalhar com hospitais, em fazer modelagem e pensar em como os fluxos das unidades se interligam, antes mesmo da pandemia. Inserimos os dados com base na RDC nº 50, da Anvisa, uma norma que especifica o funcionamento dos fluxos dentro das unidades de saúde”, detalha.

Para exemplificar o que são fluxos, pense no seguinte: um hospital é uma obra, ou seja, um sistema complexo com vários setores como unidades de tratamento intensivo, enfermaria, atendimento, rouparia e assim por diante. Certos ambientes, no entanto, não podem se cruzar. O local para onde vão corpos de pacientes que entraram em óbito, por exemplo, não podem ter ligação com outras áreas. “Existem, então, formas de pensar e mudar os ambientes para que isso não ocorra. Pensando na pandemia do coronavírus, a ferramenta que desenvolvemos serve para nortear locais que já existem e gerenciá-los”. A tecnologia pode ser utilizada tanto para novas obras ou reformas. “Na medida em que os anos vão passando, hospitais vão sendo ampliados e é necessário pensar nas ampliações para que os fluxos sejam convergentes e não conflitantes”, acrescenta a Engenheira.

O desenvolvimento da tecnologia BIM se deu graças à aprovação da empresa no programa Saúde Tech PR, que tem patrocínio do Senai, Governo do Estado, Fundação Araucária e Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-PR). “Nós apresentamos a ideia e o projeto-piloto neste edital. Tivemos a felicidade de sermos convocados e conseguimos colocá-lo em prática. Foram quatro meses de desenvolvimento, conta Duarte.

A tecnologia já foi concluída e pode ser utilizada gratuitamente. “É possível baixar o software junto com um manual técnico. “Para ter acesso, é só fazer um cadastro simples no site do Senai. O manual é bem interessante porque possui todo o embasamento teórico da ferramenta”, completa.  Para acessar e baixar a ferramenta, clique aqui: https://www.senaipr.org.br/tecnologiaeinovacao/blog/confira-todos-os-nossos-materiais-1-36287-449582.shtml

A empresa

Laercio Adriano Benazzi Junior é engenheiro Civil e sócio da empresa. Ele conta que, logo depois da formação, trabalhou em um hospital de Londrina como funcionário. Cerca de 2 anos depois, saiu para fundar a própria empresa com foco em tecnologia BIM.

“Temos três verticais: projetos de consultoria, treinamento e desenvolvimento. Tanto eu como a Luciana somos especialistas em engenharia digital. Antes da pandemia, já fazíamos análise de fluxo para hospitais”, explica.

Para ele, a tecnologia BIM oferece um leque de oportunidades para os profissionais da engenharia. “O BIM não serve apenas para fazer o projeto trivial. As tecnologias estão evoluindo muito e é uma ótima oportunidades para gerar negócios e trabalho. Para quem está se formando, recomendo refletir e compreender que a engenharia não é só fazer projetos e cuidar de obra, existem muitas coisas além”, aconselha.

 

Samara Rosenberger

Assessora de Imprensa do Crea-PR / Regional Londrina


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