Crea-PR participa de Audiência Pública realizada pela ANTT
24 de fevereiro de 2021, às 16h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
Na manhã desta quarta-feira (24/02), o Presidente do Crea-PR, Engenheiro Civil Ricardo Rocha, foi o primeiro participante a ter a palavra na manifestação pública realizada pela ANTT via YouTube, sobre o novo modelo de concessão de rodovias do Paraná.
O Crea-PR protocolou seu posicionamento homologado pela plenária do Conselho e se inscreveu para a manifestação que concedeu três minutos de fala a cada participante.
Ricardo abriu a manifestação destacando a honra de ser o primeiro paranaense a se pronunciar sobre um assunto que impactará fortemente o futuro do estado. “Estou aqui na forma de representante do Crea-PR após um amplo debate interno realizado com nossos Colegiados, Diretoria e Plenária, com base nos materiais disponibilizados pela ANTT em seu site, apresentando o novo modelo”, iniciou o Presidente.
“Nestes três minutos destaco apenas algumas das questões apontadas em nosso documento já protocolado, entre elas, a preocupação com a transparência, a fiscalização e a presença de nossos profissionais como premissa para a qualidade das obras a serem realizadas. Estamos impactados por um pedágio que não funcionou, nos trouxe uma experiência amarga, e não queremos repetir estes erros do passado”.
“Solicitamos que 100% dos recursos gerados sejam utilizados diretamente no próprio projeto. O Crea-PR também se coloca contrário a Outorga e o limite máximo de desconto. Propomos um mecanismo em que a redução de tarifa possa estar atrelada a ‘seguros garantia’ de tal forma que as vencedoras possam contribuir com sua eficiência operacional, com a garantia plena de execução das obras.”
“Dizemos não a Outorga, não a um limite de redução de tarifas, e sim a um mecanismo equilibrado para a execução das obras, com uma fiscalização adequada feita por profissionais habilitados. Entendemos que o modelo trouxe grandes avanços, mas precisa ainda de ajustes para atender a expectativa da população paranaense.”
“Esperamos que a ANTT esteja aberta as nossas contribuições e nos colocamos à disposição para futuras discussões na elaboração da melhor proposta”, finalizou o Presidente do Crea-PR.
Ao final da manhã, o Ministro da Infraestrutura propôs que os recursos antes previstos para irem ao cofre da União, sejam aplicados integralmente nas rodovias, indo ao encontro de uma das propostas do Crea-PR. “Vamos continuar acompanhando atentamente para verificar se nossas outras propostas serão atendidas”, destaca Ricardo Rocha.
Um comentário um pouco na contramão. Nada contra pagar pedágio justo, desde que IPVA, impostos sobre combustíveis e lubrificantes, não mais fossem cobrados.
ENG José Soares Coutinho Filho
Sobre as concessões do governo federal, temos a BR-163 que de Cuiabá até Sinop, tem acostamento horrível,sem condição alguma de um eventual refúgio.Onde podemos encontrar, para consulta, estes contratos?
Oi, Rubens. Tudo bem?
Sugerimos que entre em contato com a ANTT!
Concordo que os recursos do pedágio das rodovias paranaenses devam ser reinvestidos no Paraná.
Temos que ter cuidado para que o preço da tarifa seja compatível com os compromissos assumidos.
Temos vários exemplos de preços baixos das tarifas que trouxeram enormes prejuízos à economia:
1- BR-116 Curitiba-São Paulo. A concessionária demorou 10 anos para duplicar os 19 km da serra do cafezal.
Os veículos pesados chegavam a levar 2 horas para percorrer este pequeno trecho diminuindo significativamente a competitividade da região sul.
2-BR-101 SC. Até hoje o contorno de Florianópolis e as ruas laterais de Itajaí e Camboriú não foram concluídas, ocasionando enormes congestionamentos em Florianópolis , Itajaí e Camboriú.
3-Concessões do Governo Dilma(rodovias e aeroportos). Algumas nem começaram ,outras estão em processo de de devolução e outra se arrastam atrasando as obras previstas.
Como técnicos não podemos permitir que os políticos demagogos usem a bandeira do preço baixo para se elegerem deixando o estado no longo prazo a mercê de aventureiros sem capacidade técnica e financeira para honrarem seus contratos.
José, eu acho que você só pode ser dono ou uma boca alugada de concessionária para ter coragem de dizer que o que se viu até agora nas rodovias paranaenses é melhor que a concessão da BR 101.. Não sei vc, mas eu fico feliz em passar por 4 praças de pedágio na 101, de Florianópolis a Curitiba, e desembolsar menos de 13 reais no total. Sendo que de Curitiba a Paranaguá, há mais de 10 anos, eu já paguei mais de 20 reais. Nem vamos falar dos congestionamentos neste trecho também! Tenha paciência! Parabéns ao CREA pelo posicionamento.
Devemos ficar atentos as propostas da ANTT, para que não venham com a mesma proposta, mas camuflado com outras palavras para manterem o objetivo deles, como está sendo com a outorga, o que nós usuários das rodovias aqui no estado é o do menor preço nas praças de pedágios e não o mínimo proposto pelo governo, o que não atende a ninguém que usa as nossas rodovias. Sou usuário e sei como dói no orçamento de todos que usam e não tivemos nenhum retorno durante estes 25 anos de uso, onde só a operação lava jato fez com que nos mostrassem o quanto estávamos sendo usurpados sem as obras, e não é justo ter de pagar este valor mínimo proposto pelo governo sem ter estas obras executadas até hoje.