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Acesso em 23/11/2024 às 21h43.

Engenharias contribuem na retaguarda do enfrentamento da pandemia

A manutenção do funcionamento dos hospitais também é papel dos engenheiros

10 de dezembro de 2021, às 17h16 - Tempo de leitura aproximado: 4 minutos

A pandemia do novo coronavírus transformou a realidade do mundo e trouxe desafios nas mais diversas áreas de atuação. Durante o enfrentamento do vírus, só no Paraná, mais de 1,5 milhão de pessoas foram confirmadas com a doença e quase 41 mil paranaenses perderam as vidas em decorrência da Covid-19 até o início de dezembro de 2021, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa). E, além do trabalho dos profissionais de saúde na linha de frente, as Engenharias também contribuíram para em várias etapas dessa trajetória. 

Elétrica, Mecânica, Civil, Clínica, Segurança de Trabalho, são algumas das modalidades que atuam nos bastidores, assegurando o suporte necessário para o bom andamento das demais atividades. Neste 11 de dezembro, data em que se comemora o Dia do Engenheiro, o inspetor do Conselho de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) em Ivaiporã, Rafael Koltun, é Engenheiro Mecânico especialista em Engenharia Clínica e atua no Instituto de Saúde Bom Jesus, em Ivaiporã, relembra a trajetória desses mais de 20 meses de trabalho. “A engenharia clínica, assim como todos os outros setores de estabelecimentos assistenciais de saúde, não estava preparada para o enfrentamento de uma pandemia. Inicialmente sugiram as dificuldades e questionamentos sobre a exposição ao risco de contaminação, sobre qual seria forma mais segura para execução do trabalho. Posteriormente, prestadores de serviços e empresas externas aos hospitais optaram por parar os atendimentos, levando em conta a exposição a esses riscos, ficando a cargo das equipes de engenharia clínica dos hospitais a montagem, instalação e operacionalização dos equipamentos”, pontua. 

“Nós nos encontrávamos em um momento de incertezas em que todos tinham medo, sem saber exatamente o que fazer e sem uma orientação correta. A população ficou sem rumo, entrando em uma guerra de futuro incerto. Os verdadeiros combatentes, que foram os profissionais da saúde, precisavam de segurança nas ferramentas que dispunham e foi aí que a engenharia teve papel importante no enfrentamento da pandemia. Conseguimos ter mais efetividade nesse combate por ter toda uma equipe técnica especializada na retaguarda, deixando os equipamentos mais seguros através das manutenções constantes nos ambientes hospitalares”, afirma o gerente da regional Apucarana do Crea-PR, engenheiro civil Jeferson Antonio Ubiali. 

“Nós da engenharia estamos para dar suporte, pois, por trás de todo equipamento hospitalar, tem um responsável técnico. A operação do hospital só acontece de forma plena porque tem a engenharia envolvida, que faz todo um diagnóstico para uma manutenção preventiva ou corretiva, deixando uma condição de trabalho mais adequada. São anjos ‘invisíveis’, pois as pessoas que entram em um hospital não imaginam que por trás de toda a estrutura têm engenheiros. Eles garantem mais segurança na funcionalidade dos equipamentos e na sanidade do espaço. Seja nas questões operacionais, seja nas questões de controle do ambiente, busca-se deixar um ambiente salubre, esterilizado, seguro para profissionais da saúde e pacientes e tudo isso passa pelo conhecimento da engenharia”, aponta.

As necessidades diante da nova realidade também acarretaram em mais mudanças. “Com o aumento da demanda de atendimentos aos pacientes nos hospitais, foi necessário também aumentar a quantidade de materiais e equipamentos, surgindo a outra grande dificuldade a falta de equipamentos, acessórios e peças para manutenção. Nesse cenário, para a equipe engenharia clínica, foi necessário se reinventar e adotar novas estratégias e planejamento para contornar essa situação. Com o uso intensificado dos equipamentos, principalmente os famosos respiradores (ventiladores pulmonares), ficou evidenciado a importância da manutenção nos equipamentos e também a importância de reduzir a indisponibilidade desses equipamentos, levando em consideração o extremo uso dos mesmos”, frisa o inspetor do Crea-PR. “Em se tratando de uma doença respiratória, também ficou nítido a importância da manutenção de centrais, redes e pontos de distribuições de gases medicinais, bem como a manutenção em centrais de vácuo, sistemas indispensáveis para cuidados intensivos”. 

“Foram tempos difíceis que trouxeram marcas profundas a todos que, de uma forma ou de outra, participaram no enfrentamento da Covid-19, inclusive com baixas fatais de alguns profissionais. Fica aqui nosso lamento. Contudo, a pandemia tem evoluído para níveis mais leves, o que ocasiona um alívio de todo o sistema e possibilita uma operação normal da engenharia clínica. Para esses profissionais, o nosso reconhecimento pelo bom serviço prestado à sociedade”, finaliza Ubiali.

 

Sobre o Crea-PR

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), criado no ano de 1934, é uma autarquia responsável pela regulamentação e fiscalização dos profissionais da empresa das áreas da engenharia, agronomias e geociências. Além de regulamentar e fiscalizar, o Crea-PR também promove ações de orientação e valorização profissional por meio de termos de fomentos disponibilizados via Editais de Chamamento.

Texto: Larissa Ayumi Sato – Assessoria de Imprensa Regional Crea-PR


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