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Acesso em 10/08/2024 às 16h19.

CreaJr-PR publica carta aberta aos candidatos nas eleições de 2022

Entidade, que representa a classe estudantil dos cursos de engenharia, agronomia e geociências do Paraná, propõe aprimoramento na transição dos alunos para o mercado de trabalho

21 de setembro de 2022, às 15h53 - Tempo de leitura aproximado: 4 minutos

O CreaJr-PR publicou, nesta quarta-feira (21), uma carta aberta destinada aos candidatos que estão disputando as eleições neste ano. No texto, produzido por representantes estudantis dos cursos de engenharia, agronomia e geociências das universidades do Paraná, os alunos e recém-formados reivindicam revisões nas leis de estágio e residências técnicas, ampliação de investimentos em pesquisa, incentivos fiscais às empresas que adotarem programas de estágio e maior contribuição das atividades dos estudantes nas gestões públicas. A iniciativa é inédita entre todos os CreaJr do Brasil e propõe um diálogo propositivo com os candidatos que serão eleitos no próximo mês de outubro.

O CreaJr-PR, ligado ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), é uma entidade estudantil que busca reúne os estudantes e recém-formados dos cursos para promover a inserção destes jovens no mercado, tanto na administração pública quanto no setor privado. Por meio do CreaJr-PR, os estudantes têm o incentivo para o desenvolvimento de projetos de extensão universitária e pesquisas técnicas nas suas áreas de atuação.

“O papel do CreaJr, que hoje conta com cerca de 15 mil alunos, é preparar os estudantes para o mercado de trabalho. Portanto, o objetivo da carta é trazer uma pauta de reivindicações que crie mais regulamentação para o setor e faça um melhor aproveitamento desses alunos”, explica o gerente de relações institucionais do Crea-PR, Claudemir Marcos Prattes.

A coordenadora da Comissão Acadêmica Estadual (CAE) do CreaJr-PR, Bruna Milagres, estudante de agronomia, destaca que a carta é um exemplo do papel de protagonismo que o Crea-Jr tem buscado nos últimos anos. “Estamos cientes de que se queremos melhorias para nossas profissões temos que começar desde já e não apenas quando tivermos atuando”.

Geliandra Lopes Alves Pereira, estudante de engenharia ambiental e também integrante da CAE – reforça a fala da coordenadora: “nossa luta para a Lei de Estágios demonstra exatamente essa nossa preocupação de sermos agentes transformadores já enquanto estudantes”.

Mais oportunidades

Entre os principais pontos levantados na carta, está na necessidade de revisar a Lei do Estágio, uma vez que, atualmente, os alunos sentem muitas dificuldades para conseguir um estágio sem que isso represente um custo elevado para as empresas que estão contratando esses jovens profissionais. Além disso, a classe pede uma atenção maior para o público materno-infantil.

“A lei precisa ser aprimorada. Para isso, são necessários mais incentivos fiscais às empresas que desenvolvem planos de estágio: a empresa paga menos imposto e assim pode investir em mais estágios remunerados”, afirma Prattes.

Outro ponto levantado pelo CreaJr-PR diz respeitos às residências técnicas, nas quais o recém-formado com até três anos de conclusão realiza um curso de pós-graduação, com bolsa, para trabalhar com órgãos públicos. Na carta, os estudantes pedem que seja consolidada uma lei federal sobre essas residências, permitindo que os alunos possam também exercer o ofício em empresas privadas.

Inovação e empreendedorismo nas universidades

O olhar para a iniciativa privada também se estende para o fortalecimento de programas de inovação e empreendedorismo. A carta aberta reivindica que os gestores públicos, que serão eleitos em outubro, incentivem o desenvolvimento dessas iniciativas já nas universidades, preparando melhor os alunos para essa nova realidade do mercado de trabalho.

“Nas engenharias, agronomia e geociências, é fundamental que se tenha incentivo nas universidades para desenvolver essas atividades. O CreaJr quer sejam ampliadas as ofertas de empresas júnior, hubs e startups”, ressalta Prattes.

O papel dos estudantes na gestão pública

Nos cursos de engenharia, agronomia e geociências, o papel da extensão universitária é muito importante: em média, cada curso dedica 10% da sua carga horária para atividades que pensam o desenvolvimento de projetos e políticas voltadas para a sociedade. Dessa forma, a carta reafirma a contribuição dos estudantes nas gestões municipais, estaduais e federal, como forma de levar para o cotidiano das pessoas algumas das melhores ideias pensadas em sala de aula.

“Todo esse trabalho de pesquisa pode ser canalizado para o setor público. Assim, os estudantes conseguem desenvolver atividades dentro desses órgãos, colocando os jovens para pensar o desenvolvimento e a infraestrutura dos nossos municípios. Isso pode ser feito com o incentivo do governo federal”, pontua Prattes.

Por fim, a carta também reivindica alguns pontos como o diferencial de pontuação para estagiários que prestam concursos públicos, a implantação de acervo técnico e acadêmico para atividades extracurriculares e o desconto regressivo de anuidade para recém-formados. Com a publicação desse documento, os estudantes buscam estabelecer um diálogo propositivo com os candidatos e, futuramente, com os membros dos poderes executivo e legislativo.

• Conheça os Membros Dirigentes da Comissão Acadêmica Estadual – CAE do CreaJr-PR.


Comentários

  1. Juliano Notari says:

    Fico feliz com a conquista, e que venham muito mais propostas do CREA-JR!

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